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Psicóloga, escritora,Instrutora de Treinamentos Empresariais e palestrante. Autora dos livros "Ora Direis Ouvir Asneiras" - Editora Papel Virtual; "Exorcize Sua Alma Gorda" - Matrix Editora, publicado no México pela editora Grijalbo - "Exorciza Tu Alma Gorda"; "Clube das Asneiras"; - Matrix Editora; "Cientistas Malucos - Matrix Editora e participação no livro Humor Vermelho 2 - Editora Vermelho Marinho; #Relicário - Matrix editora; Bordando Vidas e-book Amazon. Facebook: Andréa Cordoniz-Oficina Empresarial

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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ontem, meu aniversário, ganhei esse lindo texto do Rubem Alves. Como portadora de Alma Gorda que sou, analogias com comidas e petiscos tem tudo a ver - rs.


Rubem Alves

     A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser.

     O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro.

     O milho de pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer. Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.

     Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.

     Assim acontece com gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira.

     São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só elas não percebem. Acham que é o seu jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.

     O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor.

     Pode ser o fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder o emprego, ficar pobre.

     Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cujas causas ignoramos.

     Há sempre o recurso do remédio. Apagar o fogo.

     Sem fogo, o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação. pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer.

     Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada.
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.

     Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: Bum!

     E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente que ela mesma nunca havia sonhado.

     Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisas mais maravilhosas do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura.

     O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia. Não vão dar alegria a ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.

     E você o que é? Uma pipoca estourada ou um piruá?

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Como sei que você deve estar curioso se sou gorda ou magra, lá vai: já fui muito magra, tipo modelo-manequim (44 quilos distribuídos em 1,63 de altura). Depois passei a engordar (segundo as mulheres) e a me desenvolver (segundo os homens), até ficar gostosa (para os homens) e gorda (para as mulheres). Considerando minhas preferências sexuais, acreditei na opinião deles e acho que me empolguei, então fiquei gostosa demais, se é que vocês me entendem - 64 quilos distribuídos nos mesmos 1,63metros.Hoje, 14 quilos mais magra do que no período de gostosura em excesso, estou quase feliz com meu peso. Claro que se emagrecesse 2 ou 3 quilos, estaria infinitamente mais feliz, mas a vida em geral é assim: estamos a uns dois quilos da felicidade plena - no mínimo. Pois aqui vai um pouco do meu know-how sobre esse , digamos, intrigante mundo da eterna busca do peso ideal que nos faz fazer dietas, tomar remédios, engordar, emagrecer, sentir fome, culpa, desespero, alegria, tentar e errar, acertar,etcétera e tal, até concluir que o único jeito é emagrecer a alma.